
“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.” (Atos 1:4,5)
Quem não deseja ser cheio do Espírito Santo? Alguns teólogos interpretam o Batismo no Espírito como: Ação do Espírito, enchimento do Espírito, controle do Espírito ou poder do Espírito, mas não admitem Batismo no Espírito. Porém o Batismo no Espírito é uma evidência do poder de Deus, ainda que os “diagnósticos” teológicos divirjam. Oimportante é saber que a Igreja não consegue viver sem esse poder dirigindo sua vida, porque precisa ser levada pelo próprio Espírito não só a experiências únicas, como ao cumprimento do propósito divino: Ganhar Vidas.
Não podemos crer em uma Igreja que nasceu de novo e tem a vida de Deus sem esse poder conduzindo sua história. Atos dos Apóstolos é a evidência de que uma Igreja sem essa ferramenta não entra em territórios nem se mantém íntegra, pois é o Espírito Santo quem nos guia, ensina, orienta e conduz no que devemos fazer e como fazer. “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.” (João 16:13)
O problema é que o sincretismo religioso trouxe o esfriamento da “igreja” e gerou líderes religiosos que não entenderam o quebrantamento e, claro, a direção de Deus para o século; ficaram racionais e materialistas e muitos perderam o mover de Deus. A prosperidade é uma bênção, mas admito que atrapalhou a igreja da Europa e América do Norte com seus templos suntuosos, em áreas caras e construções impressionantes, que, em muitos casos, não causaram impacto espiritual nas cidades nem transformações na sociedade. Esfriaram na fé, pois os discursos no conteúdo da mente teologizada tiraram o fervor do Espírito. Fundaram suas instituições teológicas e desconstruíram o mover do Espírito.
John Wesley foi um clérigo anglicano e teólogo arminiano cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha, diagnosticaram: “Ou você põe fogo no seu sermão ou põe seu sermão no fogo”. As pessoas pregavam com suas anotações de impressionismo e não tinham mais o mover do Espírito Santo. Qual foi o resultado? Uma geração fria e indiferente ao mover de Deus.
No século passado, a Igreja e os pregadores eram mais fervorosos e dependiam em tudo de Deus. Hoje, com recursos, educação de ponta, tanto teológica como secular, e vida financeira folgada, os pais não cuidaram de manter os filhos no ensino da Palavra e de depender de Deus nas conquistas obtidas; o orgulho ocupou o lugar da humildade e a queda foi grande diante de todos.
O amor ao século, ao mundo, ao dinheiro ocupou o lugar de Deus. E agora? Voltar ao Primeiro Amor! O ensino da dependência de Deus ficou na geração passada. Qual o resultado? Uma geração fria, indiferente, sem apetite espiritual e extremamente problemática. As escolas adotaram ensinos ideológicos, e a crise se instalou na sociedade.
A missão de educar que era da igreja foi para as mãos de ímpios e homens sem aliança com Deus e Sua Palavra. Agora, uma nova geração está vindo para assumir essa dívida, e só será possível pagá-la se formos cheios do Espírito Santo, pois para vencer esse mundo que jaz no maligno só uma geração possuída do Espírito de Deus. “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo jaz no maligno. E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é Verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém.” (1 João 5: 19-21)
Continua...
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