UMA IGREJA NO MOVER DO ESPÍRITO SANTO - Parte 48

“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4:1)

Que tremendo ser ministrado e ver que Jesus é nosso exemplo na batalha e que tem como vencer o inimigo ainda que seja acirrado o confronto. Você imagina o tamanho da guerra que foi, né? Na segunda tentação, lá no monte, foi muito agravante, pois o diabo O levou para um lugar distante, a batalha está em uma tríade: Carne, alma e espírito.

Jesus estava nessa guerra literal. A Batalha é real! “Então, o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.” (Mateus 4:5,6). A citação do texto bíblico feita pelo diabo, era um Salmo cantado nas sinagogas, citado pelos fariseus, ensinado pelos saduceus e muito usado popularmente. “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra alguma.” (Salmos 91:11,12)

JESUS É A PALAVRA

Aqui Jesus prova que aqueles que se movem no Espírito não precisam gastar tempo convencendo Satanás de que sabem mais Bíblia. Jesus, sendo a própria PALAVRA, não tinha por objetivo provocar uma discussão teológica (como os imaturos fazem, assim como Eva respondeu à serpente, abriu a comunicação e o inimigo triunfou – confira em Tito 3:8-11). Mas se Jesus usasse o versículo subsequente que o diabo havia falado, já o destruiria. “Pisarás sobre o leão e a serpente; calcarás aos pés o leão jovem e a serpente.”(Salmos 91:13). PISARÁS A CABEÇA DA SERPENTE! Aqui Satanás entraria com a defesa e o desvio do propósito estava pronto. Porém Jesus mostrou o que acontece com quem se alimenta de sugestão: “Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mateus 4:7). Questão fechada!

Na resposta que Jesus dá ao inimigo, mostra que o povo em Meribá contendera com Moisés e suspeitara da ação de Deus em realizar grandes coisas. Com atitudes assim que tentamos ao SENHOR NOSSO DEUS, suspeitando de quem Ele é em nós. Existe um autor que explica o texto e diz: “Não tentarás o Senhor, teu Deus”, significa que ninguém deve ter a presunção de querer submeter Deus à prova. Deus não é como o homem mentiroso e enganador, cuja fidelidade precisa ser testada e provada.

A declaração não tentarás o Senhor, teu Deus, aparece tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento”. No livro de Deuteronômio, numa conclamação à obediência do povo, aos israelitas, foi dada a clara recomendação: “Não tentarás o Senhor, teu Deus, como tentaste em Massá.” (Deuteronômio 6:16). Perceba que o versículo diz que o povo de Israel havia tentado a Deus em Massá, uma referência ao episódio em que os israelitas contenderam com Moisés e murmuraram contra Deus, por causa da falta de água. O povo começou a pedir água a Moisés, e a acusá-lo de tê-los tirado do Egito para matá-los de sede. Então Moisés questionou os israelitas: “Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor?” (Êxodo 17:2). Depois o texto diz que aquele lugar foi chamado de Massá e Meribá, por causa da contenta e porque ali os israelitas tentaram ao Senhor. Massá significa “tentado”, e Meribá significa “contenda”.

O texto também esclarece que a tentação dos filhos de Israel consistiu em questionar a presença e o propósito de Deus. Eles disseram: “Está o Senhor no meio de nós ou não?” (Êxodo 17:7). A gravidade da atitude dos israelitas fica evidente diante do fato de que naquele tempo eles já tinham provado da ação e do poder sobrenatural de Deus em favor deles durante toda a peregrinação desde o Egito. Eles tinham visto as 10 pragas enviadas; tinham atravessado o Mar Vermelho que foi aberto especialmente para que passassem; tinham visto a glória de Deus na nuvem e sido guiados pela coluna de fogo; tinham sido alimentados com maná e codornizes; mas, ainda assim, duvidavam da fidelidade do Senhor.  

PRECISAMOS CONHECER A DEUS E SUA PALAVRA

O que precisamos como líderes que conhecem a Deus e Sua palavra é dobrar a atenção para não tentar ao Senhor com nossos argumentos e incredulidades, querendo suspeitar de tudo que Ele já realizou na nossa vida, negando nossa experiência com Ele.

Qual foi a sugestão de Satanás? “Salte do pináculo do monte!”. Ou seja, dê um show pirotécnico, de acrobacias e mostre suas habilidades! Jesus não veio para pirotecnias, shows, impressionismos; veio para o calvário. O que precisava ser realizado por Jesus era na cruz, e disso Satanás estava com medo. Se Jesus usasse a sugestão do inimigo o plano de Redenção estava falido. Adão e Eva caíram na primeira sugestão, comeram o PÃO, o fruto da árvore. Jesus passa pelo primeiro teste, entra na segunda prova e vence Satanás no terceiro round. Jesus ensina que Deus não precisa de espetáculo para provar quem Ele é.

Não sou contra a criatividade nos cultos. O problema de muitos líderes é que estão usando shows para salvarem vidas quando, na verdade, há uma conquista que não pode ser substituída, o Calvário. Se a igreja tiver seu melhor culto, com os recursos mais modernos e tecnológicos e faltar a mensagem principal – CRUZ, não passou de um teatro e reunião de entretenimento. MODERNIZAR NÃO É MUNDANIZAR!

Jesus já venceu o inimigo lá atrás, e a igreja não pode voltar a fazer o que era desejo do adversário, distrair o povo com um programa adicional, esquecendo a mensagem de Redenção. JESUS É A MENSAGEM DA IGREJA, ELE É O ASSUNTO DA ETERNIDADE! Se faltar o poder do Espírito Santo e a mensagem do Evangelho nos cultos, perde-se a visão e o propósito do Reino. Não podemos continuar TENTANDO O SENHOR, fazendo o que queremos e não vivendo a mensagem principal. Está vindo um renovo, os cristãos estão voltando à sua origem para não deixar o secularismo tomar o lugar da mensagem principal (leia 2 Timóteo 3:1:17).

O que é tentar a Deus? É ter provado que Ele é Bom e continuar fazendo testes como se Ele falhasse. O caráter de Deus e Seus atributos não precisam de provas; nós que precisamos provar algumas coisas, Ele não. Quando busco essa prova, estou suspeitando do que Ele fez e desejando que realize algo novo para eu voltar a crer nEle.

Quem está precisando de um novo espetáculo ignora o que Jesus fez no calvário.

Continua...